No que respeita ao ambiente e à gestão de resíduos, o sistema da AMCAL integra as seguintes infra-estruturas e equipamentos:1 aterro sanitário (Aterro Sanitário Intermunicipal de Vila Ruiva); 1 central de triagem (Vila Ruiva); 1 parque de resíduos recicláveis (Vila Ruiva); 5 ecocentros (Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira); 3 estações de transferência (Vila Ruiva, Vidigueira e Portel); 18 viaturas de recolha e transporte de resíduos; 129 ecopontos municipais para deposição seletiva de resíduos urbanos. A AMCAL detém ainda participação nas instalações de Tratamento Mecânico e Biológico de Resíduos de Évora e Beja, bem como na instalação de produção de Combustíveis derivados de Resíduos (CdR) de Évora.
A actividade de gestão de resíduos urbanos a nível nacional, bem como a caracterização dos sistemas de gestão a operar neste sector, e em particular da AMCAL, pode ser consultada no Relatório Anual de Resíduos Urbanos disponível no site da Agência Portuguesa do Ambiente ou aqui.
Anualmente a AMCAL, enquanto entidade gestora, é avaliada pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) no que respeita à Qualidade do Serviço Prestado aos seus utilizadores. Pode consultar a informação relativa à Avaliação da Qualidade de Serviço no Portal da ERSAR - Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP) ou aqui.
Localizado na EN 258 ao km 5.33, em Vila Ruiva, concelho de Cuba, tem um volume total de 337063m³, a que corresponde um período de vida de 20 anos, sendo o mais pequeno sistema de resíduos sólidos urbanos do país: 5 concelhos com 22 895 habitantes e uma produção anual de 12500 toneladas de resíduos.
Encontra-se em funcionamento desde Junho de 1999, e permitiu a selagem de 16 lixeiras, até meados de 2001, a partir de estudos paisagísticos e de protecção sanitária e ambiental. Trata-se de um aspecto muito importante do ponto de vista da saúde pública, dado o risco de contaminação das águas subterrâneas e de propagação de doenças.
O Aterro Sanitário detém o Alvará de Licença de Exploração n.º 07/2018 de 22 de Outubro da CCDR ALENTEJO, estando classificado como Aterro para Resíduos Não Perigosos de Origem Urbana. Assim, foi estabelecido a Lista de Resíduos Admitidos em Aterro, considerando também orientações relativas a fluxos específicos de resíduos.
O Parque de Resíduos Recicláveis destina-se ao armazenamento temporário de madeiras, embalagens de madeira, pneus usados, pilhas, equipamentos eléctricos e electrónicos, veículos em fim de vida, óleos usados, baterias e lâmpadas. Quaisquer destes resíduos ficarão armazenados durante um curto período de tempo, sem qualquer tipo de tratamento ou desmantelamento, após o que serão expedidos para valorização, em conformidade com o exigido na legislação em vigor.
O projecto do Aterro Sanitário data de 1995. Na época não foi prevista a construção de zonas de recepção, armazenamento selectivo e expedição de fluxos específicos de resíduos, tendo sido contemplados apenas o vidro e o papel. As crescentes exigências normativas a este nível, bem como a necessidade de remodelar e ampliar as instalações existentes, no sentido de melhorar a resposta às necessidades dos utentes e as condições de trabalho dos funcionários, tornam a construção do Parque de Resíduos uma obra de grande relevância. O Parque de Resíduos Recicláveis e a Estação de Triagem são infra-estruturas que visam a triagem, tratamento e armazenamento de resíduos destinos à sua posterior valorização.
Na instalação Parque de Resíduos é feita uma triagem grosseira dos resíduos e a sua acumulação nos alvéolos existentes para o efeito – Operações classificadas como R12 e R13.
O Parque de Resíduos Recicláveis ocupa uma área de 5 500 m2 e está infra-estruturado e equipado para a receção, armazenamento selectivo e expedição dos seguintes tipos de resíduos:
Fileira de Resíduos | Área (m2) | Condições de armazenagem | Capacidade instantânea (t) | Quantidade máxima gerida |
---|---|---|---|---|
Pneus usados | 500 | Área pavimentada e descoberta, dividida em 2 compartimentos, sendo um destinado a pneus de pesados e tratores, e outro a pneus ligeiros | 150 | 500 t/ano |
Madeiras (embalagem + não embalagem) | 100 | Área pavimentada e descoberta | 25 | 80 t/ano |
REEE | 450 | Área pavimentada e coberta por estrutura metálica | 50 | 700 t/ano |
Sucatas metálicas | 300 | Área pavimentada e descoberta | 100 | 250 t/ano |
Equipamentos de iluminação e baterias | 12 | 3 contentores específicos em área pavimentada e coberta:
2 para iluminação 1 para baterias | 1 (iluminação)
1 (baterias) | 5 ton/ano |
Óleos alimentares usados (OAU) | 12.5 | 3 contentores específicos para a fileira (óleões), em área pavimentada e coberta | 5 | 20 m3/ano |
Óleos usados | 12.5 | 3 contentores específicos para a fileira (óleões), em área pavimentada e coberta | 5 | 20 m3/ano |
Pilhas e acumuladores | 12 | Edifício em paredes de alvenaria duplas, de acesso condicionado, em área impermeabilizada e coberta | 10 | 20 ton/ano |
Resíduos de plásticos agrícolas (excluindo embalagens): nomeadamente tubos de rega, plásticos de estufas, filme de solo | 125
+ 112.5 | Área pavimentada e descoberta | 100 | 200 t/ano |
Vidro | 1125.5
+ 75 | Área pavimentada e descoberta | 150 | 800 t/ano |
Outros Plásticos nomeadamente "tampinhas", e outros plásticos rígidos | 100 | Área pavimentada e coberta | 50 ton | 500 t/ano |
Cada uma das zonas acima referidas ocupam uma área de armazenamento, devidamente identificada, e áreas multifuncionais contíguas, genericamente designadas por áreas de movimentação, destinadas às operações de recepção, descarga, movimentação, carga e expedição. As áreas de movimentação são comuns a dois ou mais tipos de resíduos. O acesso das viaturas às áreas de movimentação é efectuado directamente a partir da via de circulação que circunda a instalação.
O equipamento de movimentação adquirido para o funcionamento do Parque de Resíduos é o seguinte:
• Multicarregadora com capacidade de 10 toneladas/hora, para movimentar qualquer tipo de resíduos;
• Camião com caixa metálica basculante de 20 m3, para transportar qualquer tipo de resíduos;
• Empilhador com capacidade de elevação de 1200 Kg, para movimentação e elevação de paletes.
A rede de esgotos encontra-se ligada à ETAL, onde o efluente (de composição idêntica à água residual doméstica) será tratado. O preço-tratamento exigido pelo Decreto-lei n.º 268/98 para o funcionamento de instalações deste tipo, exigiu ainda a instalação de um decantador e separador de hidrocarbonetos.
Esta infra-estrutura representa um passo muito importante no contexto da gestão integrada de resíduos, conferindo maior racionalidade e eficácia ao sistema de resíduos gerido pela AMCAL.
O presente projecto foi aprovado pelo Conselho Directivo da AMCAL em 19 de Maio de 2003 e pela Câmara Municipal de Cuba em 29 de Outubro de 2003.
A Câmara Municipal de Cuba declarou de interesse público o presente projecto em reunião ordinária de 19 de Janeiro de 2005.
A Assembleia Municipal de Cuba declarou o presente projecto de interesse público em reunião extraordinária de 11 de Fevereiro de 2005.
A construção do Parque de Resíduos Recicláveis foi iniciada em Janeiro de 2007 e ficou concluído em Agosto de 2007.
O custo total fixou-se em 750 000 euros.
A Estação de Triagem de Vila Ruiva receciona os resíduos recicláveis com origem na recolha seletiva da rede de ecopontos e do sistemas de recolha porta-a-porta implementados nos municípios de Alvito, Cuba, Portel, Viana do Alentejo e Vidigueira, assim como os resíduos de papel cartão, plástico e metal com origem nos 5 ecocentros municipais.
Adicionalmente, são ainda rececionados resíduos recicláveis de plástico, metal e papel cartão provenientes de entregas particulares, cuja produção diária excede os 1100 l/hab.dia.
Após triagem, os resíduos são compactados e enfardados para posterior encaminhamento externo tendo em vista a sua valorização.
Para cumprir este propósito a AMCAL estabeleceu contratos de operação com as entidades gestoras do SIGRE atualmente licenciadas para o efeito – SOCIEDADE PONTO VERDE | ELECTRÃO | NOVO VERDE
No Quadro seguinte apresenta-se a informação relativa à operação desta instalação, nomeadamente as fileiras de resíduos geridas, a sua classificação segundo a LER e a respetiva operação, bem como as quantidades geridas.
Fileira de Resíduos | Código LER | Operação de gestão de resíduos | Quantidade máxima gerida (t/ano) |
---|---|---|---|
Papel Cartão | 15 01 01
20 01 01 | R12 | 1 200 |
Plásticos | 15 01 02
15 01 06 20 01 39 | R12 | 1 000 |
Metais | 15 01 04
15 01 06 20 01 40 | R12 | 200 |
Compósitos | 15 01 05
15 01 06 | R12 | 200 |
O centro de triagem é formado por uma única nave com 1 025 m2 de área útil (1 065 m2 de área bruta).
As obras foram concluídas em Fevereiro de 2008.
O custo total deste projecto atingiu os 800 000 euros.
As águas residuais provenientes dos sanitários, os lixiviados produzidos no aterro e as águas de escorrências e lavagens são encaminhadas para a Estação de Tratamento de águas Lixiviantes (ETAL) que tem uma capacidade de tratamento de 50 m3/dia. As águas resultantes das lavagens de viaturas e rodados, passam por um pré-tratamento através de uma caixa de retenção de óleos e decantação de materiais pesados, antes de serem encaminhadas para a ETAL.
A capacidade de tratamento da ETAL é muito superior à necessária tendo em conta a dimensão do aterro. Optou-se pelo sobredimensionamento da ETAL, devido às características climatológicas da região e consequentemente à grande variabilidade das características quantitativas e qualitativas dos lixiviados.
À entrada da ETAL o efluente passa por equipamentos que efectuam a medição e registo do caudal e do PH.
Descreve-se de seguida e de forma pormenorizada as várias etapas do sistema de tratamento de águas lixiviantes afluentes à ETAL:
Fluxograma da Linha de Tratamento (LT1)
Legenda:
Além dos equipamentos referidos estão ainda 555 difusores de ar, associados ao tratamento, para as condutas de fundo do tanque de oxidação.
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